O Nome: Endriu - Andrew - André

Uma brincadeira minha com esse entre-mundo no qual eu existo, uma mistura de gringo e brasileiro.  

Eu sempre existi entre dois mundos: o Brasil e os Estados Unidos. Meus pais são um de cada país, e meu nome se misturou. Aqui eu era chamado de André quando crescendo, e lá eu era Andrew. Resolvi misturar de vez os dois nomes escrevendo o nome Andrew, da forma como seria escrito foneticamente pra um brasileiro e daí veio Endriu. 

Existem também alguns outros fatores que gosto de Endriu e que me fez escolher ele: 

  • Começa com “E” ao invés de “A,” e sempre fui apaixonado pela letra “E”.
  • Termina no som de “U” ao invés de “É” – acho um nome mais líquido, e fluido.
  • Minha arte é mais fluída e não tão pontiaguda como percebo ser o nome “André”

Minha História

Eu nunca parei de fazer arte. Adorava quando era criança, toda a poesia que é imbuída ali no físico, táctil e visível. Os detalhes, a atmosfera e os sentimentos trazidos por obras de arte me encantavam. 

Com o encorajamento dos meus pais eu segui por esse caminho. 

Comecei a faculdade de belas artes em 2015 na Calvin University, nos Estados Unidos, onde me aprofundei na ilustração e escrita. Em 2018, foi quando tive uma disciplina de cerâmica e comecei a produzir peças de argila. E não teve outra, eu me apaixonei. Amei todo o processo de criação, envolvendo todo meu corpo e imaginação. O material sempre veio me pedindo mais atenção, carinho e cuidados.

Em 2020 me formei no meio da pandemia: fazia 2 meses que vivíamos a loucura que foi o COVID-19, e a loucura me afetou tanto que me mudei num impulso para o outro lado do país, dentros dos EUA. De Grand Rapids, Michigan, eu fui parar em Austin, Texas. E não teve outra: me ferrei. A pandemia consumia a alma de todos, e nessa acabei me esgotando emocionalmente e financeiramente. Voltei para o Brasil em Janeiro de 2021, onde tenho realizado meus trabalhos artísticos, dado oficinas de artes, e desenvolvido minhas ideias.

Um destes trabalhos é o “Como Se Sente?” projeto que comecei quando ainda estávamos de quarentena. A proposta começou simples: compartilhe seu sentimento comigo e eu faria um desenho. Comecei postando nos stories a caixinha de perguntas e fazendo os desenhos. Após dezenas de contribuições cheguei em um estilo que amo, e tem informado minha voz como um artista desde então.

Agora o projeto CONTINUA crescendo com o livro contendo mais de 100 destes desenhos, também uma galeria virtual dos sentimentos (ainda estamos terminando de adicionar todos os desenhos), conversas muitíssimo interessante (vem aí um podcast!) e continuo sempre procurando novos caminhos para expandir este projeto.

O Que Eu Faço Hoje?

De tudo um pouco, e se você quer a versão curta:

  • Ilustração
  • Desenho
  • Escultura
  • Animação

Mas a verdade é que o que eu faço é materializar sentimentos, suas histórias, e criar mundos que possamos viver com mais leveza dentro dele. Não acredito que minha arte vá salvar todo mundo, mas acredito no processo de identificação de nossos sentimentos, suas histórias respectivas, e suas externalizações de forma criativa, brincalhona e bela para crescermos juntos em nossas comunidades. Só podemos crescer se aquilo pelo qual passamos é externalisado de forma saudável.

Por isso todo meu trabalho gira em volta destes propósitos. Nisso utilizo de diversas linguagens para conseguir caber as inúmeras histórias, cada um necessitando de um carinho especial para existirem nesse mundo de forma física, corporalisada.

Na cerâmica quero enfatizar o manual como uma experiência meditativa e de crescimento interno: aceitando as imperfeições, o sútil, e o indireto. Marcas de dedos e unhas são bem-vindas, realçando a experiência táctil: aquilo que sentimos através do corpo. 

Nas minhas peças ilustradas enfatizo o personagem como meio de inserção no mundo. Corpos minhoca que se contorcem, viram e reviram para contar sua história, interagindo com os símbolos, ou às vezes até mesmo o personagem surge do símbolo de nosso dia-a-dia.  As ilustrações dialogam mais diretamente com mensagens emotivas, narrativas, de autoconhecimento, exploração e crescimento. Nessa categoria é onde a maioria dos meus prints, arte de parede, adesivos entre outros surgem, mas tem também peças de cerâmica disponíveis, e é de onde o projeto “Como Se Sente?” puxa a sua própria linguagem.

Minha Turma

Minha equipe de auxílio é pequena, e já tem mudado quem está me ajudando tanto por trás dos bastidores quanto ali presencialmente, ao vivo e à cores. 

No momento minha equipe conta com a colaboração da Priscila e Udson Assis, casal responsável pelo site e por auxílio em contratações, logística, marketing, e comunicação. E sempre menciono os meus pais por estarem junto desde minha infância. Me apoiaram, encorajaram e dão pitacos até hoje no meu processo.

James Andrew Gilbert
James Andrew Gilbert@endriu.art
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Formado na Calvin Univesirty, EUA, em Artes Plásticas no ano de 2020